sábado, 7 de agosto de 2010


Me ajuda, que hoje eu tenho certeza que já fui Pessoa ou VirginiaWoolf em outras vidas, e filósofo em tupi-guarani, enganado pelos búzios, pelas cartas, pelos astros, pelas fadas. Me puxa para fora deste túnel, me mostra o caminho para baixo da quaresmeira em flor, que eu quero encontrar em seu tronco lótus de mil pétalas do topo da minha cabeça tonta, para sair de mim e respirar aliviado... e por um instante não ser mais eu. Por que hoje não me suporto nem me perdôo de ser como sou, sem solução.

Me explica, por que às vezes tenho medo ou deixo de ter, como agora, quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes. Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.

Caio F. Abreu

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