quinta-feira, 7 de outubro de 2010


ESPERO-TE

Amo-te em cada beijo que não te dou,
em cada olhar que perco por sobre as nuvens,
e em cada verso que me escapa por entre os dedos
Amo-te nos gritos do meu silêncio,
nas noites que não têm fim,
e em cada lágrima que teima em não cair
Amo-te nas lembranças que já nem me lembro,
nas cinzas de todas as horas,
e nas dores que irei sentir
Amo-te assim feito uma louca,
e feito louca,
busco-te ferozmente em cada palavra,
em cada objeto,
em cada mísero grão de tempo
Amo-te, e por amar-te tanto,
espero-te,
ainda que nunca me ouças chamar,
e ainda que nunca tenhas partido

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